5/21/2006

Vida Efêmera

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é
efêmera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar
fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os
outros felizes.
Muitas flores são colhidas cedo demais.
Algumas, mesmo ainda em botão.
Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores
que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala,
tranquilas, vividas, se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe por quanjto tempo
estará enfeitando esse Éden e tampouco
aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor.
E descuidamos. Cuidamos pouco.
De nós, dos outros.
Nos entristecemos por coisas pequenas
e perdemos minutos e horas preciosas.
Perdemos dias, ás vezes anos.
Nos calamos quando deveríamos falar,
falamos demais quando deveríamos
ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma
pede porque algo em nós impede essa
aproximação.
Não damos um beijo carinhoso
"porque não estamos acostumados com isso"
e não dizemos que gostamos porque achamos
que o outro sabe automaticamente
o que sentimos.
E passa a noite, e chega o dia, sol nasce e adormece
e continuamos os mesmos, fechados em nós.
Reclamamos do que não temos
ou achamos que não temos o suficiente.
Cobramos dos outros, da vida.
De nós mesmos.
Nos consumimos.
Costumados comparar nossa vida com as
daqueles que possuem mais que a gente.
E se experimentássemos comparar com
aqueles que possuem menos?
Isso faria uma grande diferença.
E o tempo passa...
Passamos pela vida, não vivemos.
Sobrevivemos, porque não sabemos
fazer outra coisa.
Até que inesperadamente acordamos e
olhamos para trás.
E então perguntamos:
- E agora?
Agora hoje, ainda é tempo de
reconstruir alguma coisa, de dar o
abraço amigo, de dizer uma palavra
carinhosa, de agradecer pelo
que temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais
para amar, dizer uma palavra
gentil ou fazer um gesto
carinhoso.
Não olhe para trás.
O que passou, passou.
O que perdemos, perdemos.
Olhe para frente!
Ainda é tempo de apreciar as flores que estão
inteiras ao redor.
Ainda é tempo de voltar-se
para Deus e agradecer
pelça vida, que mesmo efêmera
ainda está em nós.
Pense!
Não o perca mais!

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